quinta-feira, 5 de junho de 2014

Recursos e Estratégias em baixa tecnologia que possa apoiar o aluno com TEA



As estratégias referem-se ao modo como os recursos da comunicação alternativa e aumentativa (CAA) são utilizados. Esses recursos como diz Bez, surgem para apoiar o processo de comunicação, propiciando subsídios, ao suplementar, complementar ou construir um processo de comunicação.
O termo descrito acima como CAA é ampliado e usado para definir diferentes formas de comunicação como uso de gestos, as expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até mesmo o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada. Quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, denomina-se Comunicação Alternativa, e quando o indivíduo apresenta alguma forma de comunicação, mas não o suficiente para trocas sociais, é considerada Comunicação Aumentativa.
Como os recursos podem ser tanto de baixa tecnologia como alta vamos destacar para o apoio ao aluno com TEA os de baixa tecnologia, que podem ser representados por gestos manuais, expressões faciais, Código Morse e através de signos gráficos. Esses signos podem ser elaborados por meio da escrita, de desenhos, de figuras (fotos, gravuras, entre outros) e de símbolos pictóricos.
Os recursos de baixa tecnologia abaixo discriminados são planejados para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) o qual podem ser aplicados, com suas devidas adaptações, para alunos a partir de 3 de idade que esteja inserido na sala comum, bem como participando da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM).
Recursos de Baixa Tecnologia:
  • Prancha de comunicação: Que podem ser construidos utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. São personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas. Uma das formas de se trabalhar com tais pranchas é por deixa-las soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.
    Objetivo: Considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu aluno.
  • Eye-gaze: Consiste em uma prancha de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. O indivíduo também pode apontar com o auxílio de uma lanterna com foco convergente, fixada ao lado de sua cabeça, iluminando a resposta desejada.
    Objetivo: Atender pessoas com as mais diversas deficiências ou limitações funcionais.
  • Avental: Confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou palavras e a criança responde através do olhar.
    Objetivo: Possibilitar uma comunicação divertida e flexível a necessidade de quem se comunica.

  • Comunicador em forma de relógio: É um recurso que possibilita o indivíduo dar sua resposta com autonomia, mesmo quando ele apresenta uma dificuldade motora severa. Seu princípio é semelhante ao do relógio, só que é a pessoa que comanda o movimento do ponteiro apertando um acionador.
    Objetivo: Possibilitar a criança a dar sua resposta com autonomia, mesmo quando apresentar uma dificuldade motora severa.

  • Livros de histórias com símbolos: São transcritos ou modificados a partir da reescrita simplificada da história impressa com letra maiúscula, tamanho 28 ou superior, fonte arial e negrito. Quando necessário, os livros podem ser adaptados com a escrita em Braille.
  • Cartões de Comunicação: É um dos sistemas de comunicação mais utilizados em todo o mundo. Pode ocorrer da seguinte maneira: os cartões podem podem ser organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente. Por exemplo: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais; amarelo são os sujeitos; verde são os verbos; laranja são os substantivos; azuis são os adjetivos e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas.

  • Jogos com faces: Pode-se trabalhar nesta atividade o reconhecimento de emoções com fotografias do próprio aluno. O nome da emoção pode estra escrito embaixo da imagem, é claro que dependerá do objetivo a ser alcançado par o aluno.

  • Chamada com foto: Serve para trabalhar o nome os colegas de sala. O aluno coloca a foto dos colegas que estão presentes, nomeando e realizando a contagem dos presentes. É uma maneira lúdica e que geralmente surte efeito na aprendizagem e socialização do aluno.
    Objetivo: Trabalhar a socialização e oralidade



Lembrando que todas essas atividades sugeridas podem ser trabalhadas com alunos de diversas idades, no ambiente escolar, no ambiente familiar e no AEE. Com tais trabalhos teremos o estabelecimento da comunicação e linguagem favorecendo a interação, autonomia e desenvolvimento cognitivo.







7 comentários:

  1. Oi Ayla muito bem explicado a sua fala que você vai descrevedor sobre as atividades para ser trabalhada em situações diferentes.

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  2. Os recursos de CAA são importantes no desenvolvimento da autonomia e comunicação doas alunos com TEA, não importa se será utilizado recursos de alta ou baixa tecnologia devemos propor os que melhores se adequam as necessidades de nossos alunos.

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  3. Ayla ótimas sugestões de trabalho envolvendo estratégias de estabelecimento da comunicação e linguagem para favorecer a interação, autonomia e desenvolvimento cognitivo dos alunos com transtorno de espectro autista.

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  4. Lindo Ayla, parabéns ótimas sugestões.

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  5. Ayla, sugestões excelentes para o desenvolvimento de habilidades dos alunos com TEA, observando que são atividades que poderão ser realizadas por todos os alunos, nos diversos ambientes. Parabéns!
    Inez

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  6. Oi Ayla! Muito bom seu texto apresenta uma linguagem clara de fácil entendimento. Quanto as atividades, estratégias e recursos estão pertinentes ao assunto abordado e possíveis de serem aplicadas tanto pelos professores da sala comum como da SRM. Parabéns!

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  7. Parabéns, Ayla, pelo seu trabalho! Se todos os professores tivessem esta consciência de transformar uma simples imagem em ferramenta de comunicação, os alunos NEE seriam melhor atendidos!

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