sábado, 28 de junho de 2014

Refletindo sobre o ‘modelo dos modelos’ de Italo Calvino relacionando-o com a história do Atendimento Educacional Especializado – AEE



Como descreve, muitos dos livros acerca da história do atendimento educacional especializado, que tal procedimento percorreu grandes mudanças em busca de uma melhoria na qualidade de entender e trabalhar com as crianças com necessidades especiais.
A educação especial organizou-se inicialmente substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões e modalidades que levaram a criação a instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais, em busca de um modelo de ensino para esse público alvo. Em 1961 o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência passa a ser fundamentada pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que aponta o direito dos ‘excepcionais’ à educação, dentro de um sistema geral de ensino.
A atual Lei de Diretrizes e Bases artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículos, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades, assegurando a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, bem como assegurar a aceleração de estudos aos superdotados.
Como descrito no texto de Italo, o senhor Palomar  ‘o sistema’, passou por uma regra de conceito obstinado a querer padronizar um ensino único para os alunos especiais. Mas a partir de estudos e pesquisas vimos que esta educação especial buscava um ensino de qualidade. Diante deste pressuposto, e em busca de modificações o sistema acompanhou o processo de mudanças determinando que “as redes de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos”. Para tanto o objetivo desses alunos a ter acesso às classes comuns é de disseminar os conceitos e reafirmar o direito da escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular. Nessa perspectiva da educação inclusiva, que foi sendo modificada aos poucos, passa a interagir a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas habilidades/supertodação, direcionando suas ações para o atendimento às especificidades desses alunos no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orientando a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas.
 Mesmo depois de muitas buscas a modelos perfeitos estamos sempre interligando-os a novos conceitos, pois o sistema de ensino organiza as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a promoção da aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades educacionais de todos os alunos.



Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de educação Especial. Brasília: MEC.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


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